Me lembra o espelhamento no romantismo: a percepção do ambiente tem relação com o psicológico do protagonista, pode ser a casa mais linda e "alegre" do mundo e ainda sim pode causar uma sensação de agonia.
O horror do cotidiano é uma das coisas que mais gosto de escrever e ler, Rinha de Galos da Ampuero trabalha tão bem a casa como um ambiente hostil pelas relações estabelecidas e moldadas nela.
Lendo o texto me lembrei que, na casa de meus avós paternos, após o falecimento deles, a porta do quarto e as janelas foram fechadas com tijolos e cimento. Simplesmente fizeram uma parede por cima do quarto deles. A casa ainda existe e essa prisão de tijolos, que mais parece um caixão de histórias, talvez ainda conserve mais alguma coisa no escuro.
Cara, eu já entrei no Casarão da Água Verde! Adorei teu texto, não conhecia essa série e já vou atrás. E embora eu reconheça as ligações entre o texto e o seu contexto, sou um pouco infenso a reduzir um texto literário a um fato específico. Lembrei do conto Embargo, do Saramago, com o qual fazem isso. E coisa boa ver o Bachelard ali no meio.
Inclusive lembrei agora que Vanessa tem um conto sobre esse casarão publicado na primeira Escambanáutica! Também entrei lá (e tive que sair correndo dos maribondos)
Vez ou outra, quando se fala em casa assombrada, eu lembro da casa da minha avó lá no sertão que passou muito tempo fechada e meus primos diziam que ninguém tinha coragem de dormir no alpendre dela porque lá pelas tantas começava-se a ouvir o barulho de colheres batendo em pratos, que seria, segundo eles, os fantasmas pedindo coalhada. E só agora me ocorreu que esses fantasmas eram muito exigentes de sempre pedirem um prato específico. 🤣🤣🤣
Adorei tua interpretação do conto de Cortazar. Não conhecia esse vies. Eu sempre o uso como paralelo a outra casa assombrada que amamos: a de Usher.
Que é outra casa que respira e sofre junto com os moradores, né
Me lembra o espelhamento no romantismo: a percepção do ambiente tem relação com o psicológico do protagonista, pode ser a casa mais linda e "alegre" do mundo e ainda sim pode causar uma sensação de agonia.
O horror do cotidiano é uma das coisas que mais gosto de escrever e ler, Rinha de Galos da Ampuero trabalha tão bem a casa como um ambiente hostil pelas relações estabelecidas e moldadas nela.
Nossa, acho isso muito forte em todos os contos, mas me toca particularmente em "Luto" e "Persianas"
Lendo o texto me lembrei que, na casa de meus avós paternos, após o falecimento deles, a porta do quarto e as janelas foram fechadas com tijolos e cimento. Simplesmente fizeram uma parede por cima do quarto deles. A casa ainda existe e essa prisão de tijolos, que mais parece um caixão de histórias, talvez ainda conserve mais alguma coisa no escuro.
Rende um ótima história.
Cara, eu já entrei no Casarão da Água Verde! Adorei teu texto, não conhecia essa série e já vou atrás. E embora eu reconheça as ligações entre o texto e o seu contexto, sou um pouco infenso a reduzir um texto literário a um fato específico. Lembrei do conto Embargo, do Saramago, com o qual fazem isso. E coisa boa ver o Bachelard ali no meio.
Inclusive lembrei agora que Vanessa tem um conto sobre esse casarão publicado na primeira Escambanáutica! Também entrei lá (e tive que sair correndo dos maribondos)
Vez ou outra, quando se fala em casa assombrada, eu lembro da casa da minha avó lá no sertão que passou muito tempo fechada e meus primos diziam que ninguém tinha coragem de dormir no alpendre dela porque lá pelas tantas começava-se a ouvir o barulho de colheres batendo em pratos, que seria, segundo eles, os fantasmas pedindo coalhada. E só agora me ocorreu que esses fantasmas eram muito exigentes de sempre pedirem um prato específico. 🤣🤣🤣
Não tem bicho mais exigente e cheio de tiques do que fantasmas